IDEOLOGIA DO CONSENSO - Universo Linguístico do Poder (1)
O universo Linguístico do Poder
É pois desejável ressignificar as coisas, o mundo e a sociedade, pugnando pela construção de um modo alternativo ao modelo neoliberal, numa época em que a distinção entre capitalismo e democracia parece ter sido esbatida e a liberdade reduzida a uma estratégia de mercado.
A apologética da política económica neoliberal rege-se por uma teia de conotações e associações de palavras como flexibilidade, maleabilidade, desregulamentação, reajustamentos, reformas estruturais, que tendem a fazer crer que a mensagem neoliberal é, usando as palavras de Pierre Bourdieu, “uma mensagem universalista de libertação”.
A apologética da política económica neoliberal rege-se por uma teia de conotações e associações de palavras como flexibilidade, maleabilidade, desregulamentação, reajustamentos, reformas estruturais, que tendem a fazer crer que a mensagem neoliberal é, usando as palavras de Pierre Bourdieu, “uma mensagem universalista de libertação”.
Este recurso a uma linguística fraudulenta e mistificadora permite institucionalizar um léxico que incorpore os pressupostos que o Poder pretende perpetuar. A descodificação de palavras impregnadas de ideologia permite, segundo François Chesnais, apreender as linhas básicas do processo de internacionalização do capitalismo bem como o festival de termos “vagos e ambíguos” que se tornaram dominantes no discurso político e económico recente: austeridade, meritocracia, zona de conforto, inevitabilidades, emigração, empreendedorismo, partilha de objectivos, construção do futuro, precariedade, piegas e preguiçosos, subsidio-dependentes, deslocalização, sacrifícios repartidos, histeria.
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