Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

IDEOLOGIA DO CONSENSO (8)

A FARSA NEOLIBERAL

Atrás da expressão neutra da “mundialização da economia” e seu corolário já mais explícito da “vitória do mercado”, esconde-se um modo específico de funcionamento e de dominação política e social do capitalismo. O termo “mercado” é a palavra que serve hoje para designar pudicamente a propriedade privada dos meios de produção (Chesnais)
 
Cair nos braços do Fundo Monetário Internacional (FMI), autoproclamado como instituição  salvadora equivale a credibilizar as suas velhas receitas: corte de salários e apoios sociais, privatizações, “flexibilização laboral”,etc.

Desde o início da década de 1990, as reformas macroeconómicas adoptadas nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) têm apresentado muitos dos ingredientes essenciais dos programas de ajuste estrutural (PAEs) aplicados no Terceiro Mundo e no Leste Europeu” (Chossudovsky, 1999, p. 13).

A pretensa infalibilidade dos modelos e dos ajustamentos estruturais, tão ao gosto dos neoliberais, têm lançado o caos, o empobrecimento e o retrocesso social nos países reféns das políticas dos agiotas internacionais patrocinadas por instituições antidemocráticas como o Fundo Monetário e, mais recentemente no continente europeu, pela santíssima trindade: UE,BCE e FMI.

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